Só quem já perdeu um dente sabe como é desagradável a sensação da lacuna por ele deixado. Chega a ser difícil determinar o que é mais incômodo, se é o constrangimento ao sorrir, dores, problemas de dicção ou mastigação. Na verdade, não importa o que incomoda mais ou menos, e sim que a solução seja a mais rápida possível, e a odontologia moderna oferece muitas opções de soluções quase que imediatas e definitivas para a perda dentária.
Recuperar um dente perdido o mais rápido possível é essencial, e por mais que a odontologia tenha evoluído, nem sempre é possível corrigir a perda dentária imediatamente, e é esta a necessidade satisfeita pelos provisórios. Como o próprio nome já diz, trata-se de um recurso temporário para preencher a lacuna do dente perdido, que será utilizado durante o período que for necessário, antes do resultado final de um tratamento protético.
Este hiato entre a busca pela solução do problema e o resultado final protagonizado pelos provisórios, obviamente, é um espaço de tempo necessário para a produção do trabalho protético definitivo, mas há muitas outras coisas importantes em jogo, o que faz dos provisórios etapa essencial para um trabalho de sucesso e um grande resultado final na odontologia estética.
Em primeiro lugar, os provisórios mantém os dentes vizinhos ao dente perdido em seus devidos lugares, pois quando perdemos um ou mais dentes, a região onde ocorreu a perda passa a ser “invadida” pelos dentes vizinhos, que tendem a se movimentar na direção do espaço vazio. Outra relevância que merece ser destacada, está relacionada a adaptação dos pacientes ao trabalho protético, principalmente naqueles que protelaram por muito tempo seu tratamento, pois ficaram muito tempo sem um ou mais dentes, e ao realizarem a reabilitação protética, precisam de um tempo de adaptação em diversos sentidos, e ainda conversaremos melhor sobre esta importante etapa do processo.
Ainda falando de relevância, vamos conversar sobre a importância dos próprios provisórios, que por muito tempo não tinha a merecida atenção, nem mesmo dos dentistas, que antigamente se preocupavam mais com o encaixe do definitivo, do que com a estética do provisório. Já os pacientes, só dão a devida importância aos provisórios, quando falamos de dentes superiores, ou seja, dos dentes da frente. Quando o trabalho se concentra nos dentes inferiores – de trás -, por não aparecerem, os pacientes podem considerá-los desnecessários, pensando apenas na questão estética, mas como já bem conversamos, os provisórios são extremamente úteis em muitos outros aspectos importantes.
Se existe uma palavra de ordem na odontologia estética moderna, esta palavra é planejamento! Neste sentido, os provisórios complementam toda uma nova filosofia de trabalho, que convida o paciente a participar de todo o processo, opinando e dando opiniões muito bem embasadas, afinal, com recursos como o mock-up (clique para saber mais) e o próprio provisório, pode ver e sentir na própria boca como será seu novo sorriso.
Tamanho, forma e inclinação são as mudanças mais acentuadas em trabalhos protéticos, e voltando a falar da adaptação, um bom provisório permite ao paciente ter a oportunidade de se acostumar com estas mudanças, e se por acaso não se sentir confortável, poderá até pedir para seu dentista alterar algumas dessas possibilidades antes da produção dos definitivos. Esta adaptação possui até um aspecto social em muitos casos, e não é nenhum exagero dizer que familiares e pessoas próximas também precisam se adaptar ao novo sorriso de quem faz grandes reabilitações.
Lembra-se de quando falamos que nem os dentistas prestavam a devida a importância aos provisórios? Pois esta realidade mudou completamente, e não apenas o encaixe e a anatomia do dentes são levados em consideração hoje em dia, e aspetos como ponto de contato, cor e textura, hoje são levados em conta, fazendo com que verdadeiros “provisórios de luxo” sejam a regra e não exceção nos dias de hoje. Para se ter uma ideia, mais modernamente até as impressoras 3D chegaram a odontologia, e com a tecnologia CAD/CAM do CEREC, é possível produzir um dente perfeito através do computador e da tecnologia em 3 dimensões, e o segmento dos provisórios pegou carona em toda essa tecnologia!
Existem duas formas de se confeccionar provisórios: diretamente na boca do paciente pelo dentista, ou em laboratório, através de moldagens. Existem duas grandes vantagens ao escolher o laboratório: primeiramente, o conforto, pois quando feito pelo dentista, o provisório é feito unitariamente em um processo longo e cansativo, enquanto quando é feito em laboratório, todo o trabalho é realizado pela moldagem. Outra grande vantagem é a qualidade dos materiais e do próprio provisório, que passa por diversas etapas de excelência, como o enceramento.
Provisórios de tamanha qualidade são, sem dúvidas, uma grande novidade, além do que, com toda esta busca pela perfeição ainda mesmo do resultado final, é possível oferecer ao paciente da odontologia, provisórios com encaixe, inclinação, forma e textura de definitivos. Hoje chegamos ao ponto de toda esta qualidade representar um risco! Como? Ora, não faltam casos de pacientes que de tão satisfeitos com seus provisórios, acabam relaxando em seu tratamento e protelando a ida ao dentista para receber seu definitivo. Entre as diversas possibilidades de complicações de seu tratamento, há também o risco de um grande constrangimento: perder o provisório em qualquer momento! Já imaginou? Em algum evento social importante, seu dente provisório saltando da sua boca?
Odontologia de excelência é sinônimo de planejamento e personalização, e a nova ciência do sorriso utiliza diversos recursos, e me perdoe o trocadilho, mas neste sentido, os provisórios vieram para ficar!